GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA AMÉRICA SAMBA E PAIXÃO CARNAVAL 2024 “RUBEM CONFETE; O GRIÔ DO AMÉRICA, DO SAMBA E DA PAIXÃO”
Meu nome é RUBEM DOS SANTOS, sou conhecido como RUBEM CONFETE. Ganhei esse apelido dançando no salão do clube São Cristóvão Imperial que tinha o piso salpicado de confetes. Nasci na Rua Dona Clara em Madureira no dia 07 de dezembro de 1936. Minha mãe se chamava Antonieta Costa Santos e meu pai Jorge dos Santos. Nossa ilustre vizinha era Wilma do Nascimento, o cisne da passarela, porta bandeira do G.R.E.S. Portela.
Minha mãe me encaminhou a ler e escrever na casa de professoras domésticas e quando fiz o primário na Escola Paraná, me apaixonei pelos livros. Abracei o jornalismo e há 43 anos trabalho na Rádio Nacional com programas que divulgam o samba. Em 1977, ao chegar do Festival de Artes Negras na Nigéria, fui levado por Nei Lopes na casa de Pai Joquinha de Iroko em Anchieta, onde comecei a desenvolver minha paixão pelos orixás, estudar minha ancestralidade e o Cais do Valongo, onde fiz parte do Conselho Gestor no processo que tornou a região ”Patrimônio Cultural da Humanidade” da Unesco. “ATOTÔ OBALUAÊ !!!”
Em 1962 convidado por Mestre Xangô, peguei o trem em Madureira e fui parar no G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira na ala de passistas onde aprendi a amor das cores verde e rosa. Antes com meu primo, Aniceto, fundador do G.R.E.S. Império Serrano, frequentava o “Menino de 47”, o glorioso “Reizinho de Madureira”. Quanta cultura adquiri e quantas coisas fiz no samba. Conheci Silas de Oliveira, Cartola, Zé Keti, Natal, Antônio Rufino, Pixinguinha e tantos outros mestres.
Fui “Dom Obá” no G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, componente do G.R.E.S Acadêmicos do Salgueiro no grupo de bailarinos Mercedes Batista, sócio honorário do Cordão da Bola Preta, presidente da ala dos compositores do Grêmio Recreativo Arte Negra Escola de Samba Quilombo, convidado por Candeia, um dos seus fundadores. Fui comentarista de desfiles de Escolas de Samba da Rede Globo, integrante da equipe de carnaval da extinta Rede Manchete.
E hoje sou Presidente de Honra e enredo do Grêmio Recreativo e Escola de Samba América, Samba e Paixão, escola de samba fundada por torcedores do America Football Club, meu time do coração, minha paixão no futebol. Tia Ciata, Ismael Silva, Bicho Novo e tantos outros sambistas imortais conspiraram espiritualmente para que o G.R.E.S. América, Samba e Paixão e a Deixa Falar fossem fundadas no mesmo dia, “12 de agosto “. Nada é por acaso. “QUANTA ALEGRIA !!!”
E por falar em futebol decidi torcer por um clube com muitos negros em seus times e na história do futebol brasileiro, como meus amigos Jorge, Ari, Djalma Dias e o maior de todos, Maneco, o Saci do Irajá. Tantos craques vi jogar com a camisa rubra. E como não falar em seus ilustres torcedores que tanto contribuíram para o fortalecimento e grandeza do nosso país. Grandes Sambistas também muito nos orgulham e orgulharam por torcer para nosso time: Monarco, Mauro Diniz, Dona Ivone Lara, Dorina, Jorge Perlingeiro, Mangano, Luciana Sargentelli e tantos outros que levam o nome do America e do samba mundo afora. “O QUE É SER TORCEDOR DO AMERICA” É saber que o nosso hino começa com “Hei de torcer, torcer, torcer…” e termina “… America unidos vencerás”, obra prima de Lamartine Babo talvez o maior torcedor da nossa história. É ver estendida em todos os estádios que jogamos uma faixa com a frase: “Com o America onde estiver o America“. É ter no passado um dos bailes de carnaval mais badalados, o “Baile do Diabo”.
É acima de tudo um sentimento sem explicação. O americano chora ao ouvir seu hino. O maior título que o torcedor do America pode ter é a sua existência. OBRIGADO AMERICA, OBRIGADO MUNDO DO SAMBA. OBRIGADO A TODOS QUE ACOMPANHAM A MINHA TRAJETÓRIA. GRAÇAS A PAIXÃO POR VOCÊS, SOU O “GRIÔ” MAIS FELIZ E REALIZADO. VIVA O AMERICA!!! VIVA O SAMBA!!! VIVA A PAIXÃO!!! Que os nossos padroeiros São Jorge, Santa Bárbara, Nosso Senhor do Bonfim e a nossa madrinha Portela abençoem o nosso desfile.
Sinopse escrita por Ricardo Netto, Presidente
Supervisão Marcus Paulo, Carnavalesco